domingo, 14 de setembro de 2014

Será?

Existem questões para as quais lutamos demasiado para obter uma resposta que decerto não queremos ouvir.
Existem forças que se gastam com o tempo e com o esforço exigido.
Existem palavras que a certo momento deixam de ter sentido para nós, para eles, para toda a humanidade.
Mas pergunto-me existem ou nós temos esperança que existam? Sonhamos para ter mais vontade própria e para ter mais força para vencer, ou sonhamos para vermos a triste realidade que é a nossa vida miserável?
Será o dito destino alcançável ou será uma pura imaginação para os meros seres humanos que em nada são perfeitos nem capazes de alcançar o mero céu quanto mais a verdadeira felicidade?
Será o amor um sentimento verdadeiro e existente na humanidade cheia de imperfeições?
Será que arranjamos força até no lugar mais longínquo e esquecido por todos? Será que tudo é possível? Será?

A árvore

A tempestade chegou, ficou e permaneceu uma eternidade.
A chuva era gelada, fazia o céu desaparecer na imensa escuridão, o vento cortava até o mais pequeno animal com a sua fúria.
Desta vez os Deuses ficaram deveras zangados, o destino estava escrito, o livro estava encerrado e as duas personagens faziam tudo para que o destino não se concretiza se.
A tempestade teimava em não terminar e no meio do campo cheio de flores mortas continuava a dita árvore que aguentava firme, pesada, segura pelas suas raízes que estavam decididas em aguentar a catástrofe que teimava matar aquele amor.
Árvore forte aquela mas não aguenta para toda a eternidade! Os Deuses faziam de tudo para ela sobreviver mas não basta só querer! É preciso que ao fim de tanta tempestade ainda exista segurança, amor, confiança, vontade de viver, de querer sobreviver, porque o cansaço já é de todo enorme e destruidor.
A árvore da vida é defendida e sempre será mas também nem sempre terá raízes para aguentar! Porque o passado esquece-se e a felicidade perde-se e o amor desvanece.
Queres ficar? Fica! Queres lutar? Luta mas com verdade e amor acima de tudo!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Ecos dos pensamentos

Que os gritos da minha alma façam juízos da veracidade dos meus sentimentos. Que a podridão dos meus pensamentos levem a ti o meu desespero. Que o meu sentimento não se corroa de tanto ser estilhaçado.
Ai como eu gostava que tudo fosse como sonhei ou disse ser. Ai como eu amava que a Branca de Neve fosse minha amiga e que a Bela Adormecida tivesse acordado com o beijo do seu príncipe.
Sinto me um espelho partido, corroído pela inveja o ciúme o desespero o desejo. Ai pecados capitais que levaram o melhor de mim! Ai como me faz falta aquele anjo da razão sempre presente a proclamar o seu grito de guerra. Mas onde anda ele agora? Encheu-se de batalhar por uma causa pela qual é um desperdício? Mas não haverá nem um mosquito que acredite que a vida se tornará diferente?
Sinto inveja de ti flor, cresces amadureces e morres e não te cansas de renovar o ciclo na primavera seguinte!
Queria erguer a cabeça, apanhar a força que me levaram, ir para a guerra, vencer a batalha, conquistar território, crescer com as adversidades da vida, amar incondicionalmente, ser realista, adulta e capaz de assumir que perdi!

Talvez seja esse o meu maior obstáculo! Admitir, aceitar, lutar, perder e retirar!!!