Sentada na rocha eu chorava, olhava o mar com sossego, sentia o vento na cara, tocava o céu com a palma da mão.
Um vulto apareceu e ficou a meu lado. Olhava para mim com os olhos negros e com a face cheia de cristais brilhantes.
Não falei nem por um momento, eu necessitava daquela calma do mar, daquela felicidade do ar.
Várias horas se passaram quando de repente o vulto se voltou e disse: “Eu sou o teu interior, os meus olhos são o teu coração, os meus cristais as tuas lágrimas e o meu corpo negro que se parte em cada segundo que passa é a tua alma!”
Olhei-o com espanto e permaneci calada, mais tarde me disse que se eu não fosse feliz me tornaria no pesadelo de um ser frio, porém se eu lutasse com força eu seria uma deusa com um brilho equiparado ao do sol.
Continuei calada, não existia forças para falar nem para lutar e de repente o vulto desapareceu e eu com o sono deixei-me cair até as profundezas do mar,
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